quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Facundo, Aldo, Fernando e Adriana no Cangrejo Loco


PELA JANELA (ULTRA-ROMANTISMO EXPLÍCITO)


Abra a janela
E veja se não é a própria lua
Que vem despedir-se de você.
Olhe para o céu
E pergunte às estrelas
Se amanhã vão estar brilhando dessa maneira,
Já que você não mais estará por aqui.


Pergunte ao vento
Que cantigas vai entoar
Se já não serão teus cabelos que vão estar ondulando perto de mim.
Imagine um passarinho
Que já não pode voar de tão pesado,
Já que a tua leveza não embala mais meus sonhos de amor.


Imagina que sou poeta sem pluma
E você uma rima que não faz sentido.
Seríamos somente eco de nossas próprias vozes.
Seríamos somente o reflexo da felicidade que desenhamos.
Seríamos apenas passado enquanto poderíamos estar sendo!
Seríamos esta sensação de desperdício
Que experimentamos
Ao saber que uma folha de outono cai em lugares sem testemunha.


Imagina que meus lábios buscam os teus durante a noite,
Inutilmente.
E que meus olhos fechados te reconhecem
Na memória dos nossos travesseiros.
Imagina esta lágrima que está prestes a rolar
E me diga que realmente
Queres partir.

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