sábado, 11 de novembro de 2017

RETRATO FALADO - CATHARINA SULEIMAN

AS ASAS E A RUIVA
Para: Catharina Suleiman

A maré ruiva se agiganta
Não deixa nada impune
Quem quiser que se faça imune
Ao mar vermelho que se agranda.

Pelos, peles, poros, penas...
Fato é que tudo se consuma
Tudo foge, aparece, se esfuma
Enquanto asas são asas apenas.

Mas asas, meu amigo, nunca são asas apenas!


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