quinta-feira, 26 de novembro de 2015

RIO DOCE

“Estou triste”, diria o rio, “a matéria viva que vivia em mim já é passado.”
“Mas estou feliz”, completaria o rio, “os homens de bem choram por mim.”
“Meu leito sujo já não é o mesmo.”
“Minhas lágrimas já não são transparentes.”
“Minhas margens, outrora objeto de admiração,
Hoje não exibem mais que miséria e infâmia.”
“Mas eu voltarei! Meus estertores de agora serão suspiros amanhã.”
“O lodaçal, que não é meu, será reduto de vida no futuro, para mim, pouco distante.”
“Se hoje choram vocês por mim, homens de bem, não se preocupem,
Chegará o momento, esse talvez definitivo, em que chorarei por vocês!”

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

DES-A-PEGAR PARA RE-A-CORDAR

Esta semana comecei um novo projeto, tendo como base meu primeiro livro publicado no Brasil, “Com os pés na água”.
Como tenho um excedente guardado da primeira edição e não estou interessado em colocá-lo à venda, vou “esquecer” aos poucos os exemplares por onde for passando. Quem encontrar o livro decidirá se o leva para ler ou se o deixa para que outra pessoa o encontre.
Além disso, quem levar o livro ainda poderá deixá-lo novamente em um lugar ou transporte público e seguir compartilhando minha obra; ou, caso queira, ficar com o livro para ele(a).
Onze livros já foram “esquecidos” nos mais diversos locais, durante minha viagem entre São Paulo e Ilhéus. Alguns foram “esquecidos” por meus amigos Thaís Marin, Tânia Tiburzio, Adriana e Leo Macias.
Espero receber feedback de quem os encontrou, assim vamos escrevendo uma nova página “com os pés na água e a cabeça nas nuvens”.


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