quinta-feira, 28 de junho de 2007

VENTANAS


PUERTAS Y VENTANAS

Abrir las puertas
y no solamente las puertas;
abrir nuestro camino hacia nuestro destino,
abrir los brazos para acoger los abrazos,
abrir nuestro pecho para los latidos de otros corazones,
abrir nuestros cerebros para otros puntos de vista,
otras culturas,
otras querencias.

Abrir las ventanas,
pero no solo las ventanas;
abrir nuestros ojos para otras miradas,
abrir nuestros oídos para otras voces,
otras canciones,
otros lamentos.
Cerrar las heridas,
pero no solo las heridas;
cerrar las posibilidades de nuevos daños,
nuevos dolores,
nuevos disgustos;
y,
por encima de todo,
estar preparados para sufrir,
querer y deleitarnos con el simple placer de VIVIR!!!!!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

QUASE TRÊS RUGAS


QUASE TRES RUGAS

De cada lado do olho
O arado do tempo já sulcou a pele.
Os frutos,
Que estranho,
Já maduraram
Antes de colocar a semente.
Os cabelos,
Que já são mais de inverno que de primavera,
Caem fartos...
Ou caem de fartos?
Tudo são prosódias.
Tudo é falácia.
Tudo esquenta antes do tempo
E derrete igual de temporão.
Por que pensar na idade
Se é mais fácil ignorá-la?
E porque ignorá-la
Se é tão bom pensá-la?
Antes frio
Que mal aquecido.
Antes ao entardecer
Que tarde.
Foi tão fora que soprou essa brisa
Que aqui dentro
Essa absurda calmaria
Provoca mais tédio
Que apreensão.
Será que já há sulcos na pele?
Ao lado do nariz ou saindo do vinco dos olhos?
Será que na testa já tem rugas de expressão?
Ou será que toda expressão está por chegar?
Será que o suor ainda corre em linha reta para baixo
Ou percorre os rios horizontais antes de transbordar?

Total de visualizações de página